domingo, 15 de julho de 2012

Os Mercados





Gosto do burburinho dos mercados. Neles vende-se quase tudo o que é necessário para o dia a dia, com destaque para o que se come. É sabido que os vendedores nem sempre são comerciantes no verdadeiro sentido da palavra. Alguns são produtores, em especial pequenos agricultores, que ali oferecem apenas o que resulta do seu trabalho na terra. No primeiro plano da imagem pode ver-se o que uma modesta agricultora tem para vender. Mas a grande maioria era constituída por comerciantes.
Sabendo-se que os pequenos agricultores vivem com sérias dificuldades, com os grandes comerciantes a explorarem, frequentemente, quem produz, acho que os mercados deviam criar maiores espaços para quem não pode competir, ao mesmo tempo que deviam incentivar os lavradores a venderem diretamente os produtos do seu labor. Seria uma forma de ajudar quem teima em permanecer na agricultura, a arte, como se diz, de empobrecer alegremente.



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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Relvado das Abadias passou a campo de erva






Na Figueira da Foz, o relvado do parque das Abadias, sala de visitas da cidade, frequentado por inúmeras pessoas, passou a campo de erva, próprio para pastagem de um qualquer rebanho. Passo por ele diariamente e estranho o estado de abandono a que chegou. Penso que talvez a crise tenha implicações nesta situação, mas a verdade é que, em plena época balnear, o parque merecia um relvado convidativo ao lazer, até porque não lhe faltam sombras para as horas de sol mais quente. Espero, todos esperamos, que a erva seja cortada e que seja regada a relva muito em breve, oferecendo-nos o aconchego da sua verdura e frescura.
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quarta-feira, 11 de julho de 2012

O QUE É A SALICÓRNIA?

Vai realizar-se, em Aveiro, entre 12 e 15 de julho, mais uma Feira do Sal, desta feita integrada no evento "Viver a Ria".
A este propósito, em 2008, entrevistei um figueirense, proprietário de uma salina, que me explicou o que é e para que serve a salicórnia, uma planta salgada.
Sendo eu um homem da Ria, na altura, confesso, desconhecia tal planta, muito menos sabia da sua utilidade dentro da culinária. Fiquei elucidado e mais tarde consegui ficar a conhecer, ao vivo, numa salina, a referida planta. Mas também fiquei a saber que os marnotos e outras pessoas ligadas ao Salgado Aveirense sabiam da sua existência. Hoje, por causa da Feira do Sal, recuperei o vídeo, para que os meus leitores fiquem a saber tanto como eu.



Vejam o vídeo aqui
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terça-feira, 10 de julho de 2012

Mercado Engenheiro Silva em Obras





Quando cheguei à Figueira da Foz para mais uma estada de uns dias, encontrei o histórico Mercado Engenheiro Silva entaipado. Obras inadiáveis as justificam, estando prestes a começar. Garantiram-me no local que vão durar uns dois anos, pois a remodelação será geral e profunda.
A minha primeira reação foi lamentar que as obras tivessem sido programadas para a época balnear, mas afinal elas prolongar-se-ão por muito tempo. No final, julgo eu, toda a gente ficará contente com um novo mercado.




Entretanto, dissera-me que o mercado funcionará, provisoriamente, em dois barracões erguidos no parque de estacionamento da Avenida de Espanha, no areal da famosa Praia da Claridade. Passei por lá, hoje de manhã, e o habitual ambiente do velho mercado estava à vista, com gente que compra e vende os mais diversos produtos. O calor não se fazia sentir, mas há quem pense que o inverno, nos barracões, será um osso duro de roer. Esperemos que não.

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Torre do Relógio na Figueira da Foz





A Figueira da Foz atrai-me. Laços de sangue estão na base dessa atração, desde há uma dúzia de anos. E dou-me bem com isso, apesar de os meus ares naturais permanecerem intactos.
Quando chego à Figueira, a Praia da Claridade, por muitos e durante muito tempo ser cognominada de a Rainha das Praias portuguesas, atrai-me fortemente. Seu areal, a perder de vista, deixa-me espraiar os meus olhares minutos sem fim, mas raramente palmilho a distância que me conduziria ao mar. Talvez por ser igual ao nosso, na Barra e na Costa Nova.
Depois contemplo a Torre do Relógio com os seus 20 metros de altura, que, ao tempo da sua construção, gerou grande controvérsia. Hoje, contudo, não há quem lhe fique indiferente, até porque se apresenta como referência para quem chega e busca o areal figueirense.
A Figueira da Foz foi, outrora, uma praia cosmopolita, congregando na época balnear a fina flor da alta sociedade portuguesa, que aqui possuía os seus palacetes, bem visíveis na cidade e arredores.


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domingo, 8 de julho de 2012

Imagens que não voltam






Há imagens que se fixam nas nossas memórias para sempre. Podem oferecer-nos as paisagens mais coloridas, as figuras mais sofisticadas, os traços mais modernistas e as realidades mais evidentes, que a ruralidade dos nossos tempos de meninos se mantêm como desafio constante à imaginação de cada um. A mulher descalça e o carro de vacas, numa postura serena de quem sabe que o moliço vem a caminho, mostra claramente que a vida dura também tem espaços de contemplação.

Eu, homem da beira-ria, que nasci quase na borda (os bebés vinham tantas vezes numa barrica que o pai teria de ir buscar, no meu caso, à Cambeia), nunca esquecerei os ambientes em que vivi e tanto saboreei. Mesmo quando cirando e fico pela Figueira da Foz, onde presentemente estou.

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sexta-feira, 6 de julho de 2012

O corte dos subsídios


Quando o Governo da República decidiu cortar os subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos e aposentados, em nome da Troika e para evitar a bancarrota do Estado, com o acordo prévio do PS, o maior partido da oposição, houve, tanto quanto percebi, uma natural aceitação do facto, porque era preciso salvar o país. Os protestos vieram depois, um pouco de todo o lado, tendo o Presidente da República, Cavaco Silva, alertado para a ilegalidade da decisão, alegando o direito da igualdade, porque as leis são universais. Mais protestos  surgiram.
O Tribunal Constitucional, que não havia sido contactado para analisar a situação (quando o devia ter feito, na minha modesta opinião), teve de esperar que alguns deputados pedissem a sua intervenção, sabendo-se agora que afinal o Governo pôs o pé na argola. Errou e já se comprometeu a resolver o assunto, dentro de um mês. Presume-se que aos trabalhadores do setor privado vai ser dado tratamento equiparado ao aplicado no setor público. Os protestos vão intensificar-se, como é lógico, sabendo-se, como se sabe, que há gente em sérias dificuldades.
O que me espanta nisto tudo é a incapacidade dos assessores, juristas, constitucionalistas, etc., que dão ou devem dar os seus pareceres aos governantes, para não se cair em situações ridículas. São pagos e bem pagos  para isso, mas o resultados está à vista. Também os governantes, que não são necessariamente especialistas em todas as matérias, deviam ter mais cuidado, para não deixarem passar a nota de que o Governo toma decisões no ar. Os prejuízos são imensos e o povo, claro, é que paga a conta.
Conclusão: Aquilo que devia ter sido feito em tempo certo, vai ter de ser resolvido agora, procurando-se alternativa para o problema, sem ter que se mexer no bolso das pessoas. Será possível?

Fernando Martins

Ver decisão do Tribunal Constitucional 





quinta-feira, 5 de julho de 2012


"PORTO DE AVEIRO"




Mais uma vez o porto de Aveiro esteve em festa com um acontecimento de certa envergadura não só para a região mas também para o país, aconteceu isso a 05/07/1968. Iniciou pela primeira vez, um barco nacional, baptizado com o nome de PORTO DE AVEIRO carreira para o Ultramar Português, levando vinho a granel. Como não podia deixar de ser, as autoridades mais representativas do distrito e dos dois concelhos ligados mais directamente ao porto, estiveram presentes e rejubilaram pelo acontecimento, não pelo esplendor de que a cerimónia se revestiu, mas pelo alcance social que representava para a vida portuária.
Pelas 12 horas, o novo navio cisterna PORTO DE AVEIRO ancorado no porto bacalhoeiro da Gafanha, foi visitado demoradamente pelos Srs. governador civil do distrito, presidentes da Câmaras Municipais de Aveiro e Ílhavo, delegado I.N.T.P., presidente da Junta Autónoma do Porto de Aveiro e outras entidades. Puderam verificar as linhas modernas e utilitárias daquele navio cisterna, que tinha o comprimento de 83,3m, a tonelagem bruta de 1.855 e 857,12 a liquida e possuía tanques centrais e laterais.



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SCHOENSTATT: um recanto de paz






Estive há dias no Santuário de Schoenstatt, na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, e experimentei, ao vivo, a paz que ali nos alimenta um sentido de horizontes de futuro.
Os jardins envolventes, extremamente cuidados, convidam-nos a olhar para nós próprios e para o nosso lado, na certeza de que vislumbramos na alma o nosso bom Deus no percurso do dia a dia, através também de quantos nos cercam e, ainda, da natureza que nos acarinha.


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terça-feira, 3 de julho de 2012

ANDAM A BRINCAR CONNOSCO?

«O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas fez em apenas um ano uma licenciatura que tem um plano de estudos de 36 cadeiras, distribuídas por três anos. Relvas requereu a admissão à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Lisboa) em Setembro de 2006. E concluiu a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais em Outubro de 2007.»

Que exemplo é este para a nossa juventude? E para toda a gente que deve olhar para os políticos como cidadãos com princípios, com valores, e com respeito pelas mais elementares regras de uma sociedade democrática e justa?

Li aqui


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Folclore na Gafanha da Nazaré






No próximo sábado, 7 de julho, vai realizar-se mais um Festival Nacional de Folclore na nossa cidade, com organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, desta feita no Largo 31 de Agosto. Os amantes do folclore e da etnografia vão ter mais uma excelente oportunidade para apreciar costumes e tradições de outras terra e outras gentes, deste nosso país tão pequeno, em área, mas tão diversificado a tantos níveis

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Hermann Hesse nasce neste dia


Neste dia, 2 de julho de 1877, nasceu Hermann Hesse. Faleceu em 9 de agosto 1962. 
Escritor famoso alemão, assumiu a nacionalidade suíça. A sua obra, enorme, abarca temas sem conta, continuando atual em muitas vertentes.
Do “Elogio da Velhice”, que li com gosto, entre outras obras, transcrevo um excerto de um poema com o título “Degraus”. Trata-se de um livro que talvez nos ajudasse, um pouco, a saborear a vida com mais realismo. Por experiência própria, posso dizer que a leitura é bom lenitivo para nos encontrarmos mais connosco próprios.




Assim como as flores murcham e a juventude 
Cede à velhice, também os degraus da vida, 
A sabedoria e a virtude, a seu tempo, 
Florescem e não duram eternamente. 
A cada apelo da vida deve o coração estar pronto 
A despedir-se e a começar de novo 
Para, com coragem e sem lágrimas, se dar 
A outras novas ligações. 
Em todo o começo reside um encanto 
Que nos protege e ajuda a viver. 




A velha Guarita


A Guarita, cuja réplica pode ser vista no Jardim Oudinot, aqui fica para memória futura no meio do acesso de saibro e lama, que ligava o Forte à EPA (Empresa de Pesca de Aveiro). Ali a conheci, velha e esventrada, qual depósito de lixo, à espera de uma necessária reconstrução, o que nunca veio a acontecer. Os tempos mudaram, aquela área tornou-se precisa para outros fins ligados ao progresso e ao crescimento do novo Porto de Aveiro, e optou-se pela construção da réplica, depois dos estudos e projetos que tiveram de ser feitos. Do mal o menos, como diz o nosso povo.

Voltei...



Depois do descanso e da reflexão, que se impunham, voltei ao mundo da blogosfera, e não só, com ânimo reforçado. É isso que realmente penso e sinto. Não para inovar, mas para prosseguir na caminhada de partilhar a vida, com sonhos à mistura. Sempre na ânsia de dar uma ajudinha na construção de um mundo novo e muito melhor. Para crise,  já temos a nossa dose. Urge lutar para que os nossos filhos e netos não embarquem em promessas falaciosas de políticos ocos e sem horizontes de futuro. 
Apesar dos problemas que temos de enfrentar, por erros provocados por vendedores de "banha da cobra", vamos acreditar que ainda podemos inverter o sentido dos caminhos que conduziram o país aos patamares da bancarrota. Depois da tempestade, é pertinente admitir que a bonança tem de vir a caminho. 

Fernando Martins





Meninas na Praia da Barra

Foto de meninas na Praia da Barra em 1958. Não imagino a estação do ano. Talvez nos  princípios  do Verão. Estariam  de passagem? Sei que er...