terça-feira, 28 de agosto de 2012

As fúrias do José Labareda

Historias do Porto de Aveiro





"No relato da ocorrência, o fiscal refere que tendo em conta os factos decorridos "numa obra do Estado", deveria ser dado conhecimento da mesma às autoridades. Assim, acompanhou a vítima ao Regedor de São Jacinto que referiu não ter competências para tratar o assunto. De seguida reportou ao Cabo do Mar que também afirmou não ter competência pelo facto de a ocorrência não decorrer dentro de uma embarcação. Por fim acompanhou o agredido a casa do enfermeiro da Escola de Aviação-Naval Gago Coutinho para cuidar dos ferimentos na cabeça e peito.
Cópia autenticada redigida por José Maria da Costa Monteiro, Chefe de Secretaria da JARBA, transcrevendo a comunicação de David Albuquerque, Fiscal da JARBA em São Jacinto, datada de 10 de Novembro de 1939, dando conta da agressão violenta que José Labareda provocou em António de Oliveira, residente em São Jacinto, jornaleiro ao serviço dos empreiteiros da obra de regularização e revestimento de um troço da margem norte do Canal de São Jacinto - São Jacinto, em 14 de Novembro de 1939."

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Fonte: Arquivo Histórico do Porto de Aveiro



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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Curiosidades sobre a Praia da Barra



«Há dias, em amena cavaqueira sobre os limites da Gafanha da Nazaré, assunto tão “badalado” ultimamente, surgiu a questão: “Afinal onde começa a (localidade) Barra?”. Ao que se fala, parece que começa em local móvel porque muda conforme convém e… ao povo nada é dito. Muitos se lembrarão que a placa de indicação da Barra se situava (mais ou menos) perto do palheiro de José Estêvão. Entretanto foi encurtando, encurtando e presentemente, segundo pesquisas de gente interessada, começa onde está situado o único Banco da Praia. Ora bem, qualquer dia, quando dermos por ela, a Barra é apenas e só a “entrada estreita de um porto”com um farol… por sinal, o melhor e mais bonito.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

domingo, 5 de agosto de 2012

Festa dos Veleiros no Porto de Aveiro



A festa dos Grandes Veleiros vai terminar amanhã no Porto de Aveiro. Pelas 13 horas, os Veleiros estarão a sair a  barra, continuando a regata, rumo a outros portos.
Hoje, domingo, fui mais um visitante, integrando o número elevado dos apaixonados por estes navios, cujas tripulações souberam, na parada em direção ao Jardim Oudinot, animar a festa, com os seus cânticos, músicas, tambores e muita alegria. De permeio, brincadeiras espontâneas participadas pelos marujos e oficiais, mas ainda por muitos jovens que fizeram o seu batismo de mar a bordo de alguns Veleiros.



O Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, uma sala de visitas do concelho de Ílhavo já com projeção um pouco por toda a parte, estava bastante animado, com as suas tendas de comes e bebes e com música ao vivo. Outras tendas com artesanato e velharias ligadas ao mar, e não só, completavam a oferta da festa, tudo programado e organizado pela Câmara Municipal de Ílhavo.



É pertinente destacar as visitas aos Veleiros, porventura o motivo que mais atraiu os amantes dos navios, com filas que exigiam espera. Contudo, a animação de rua, o concurso musical das tripulações, o nautimodelismo e a canoagem também atraíram muitos olhares, pelo que me garantiram.



Para as gentes da beira-mar e da ria, os navios, sobretudo os veleiros, são sempre razão de festa. Está no ADN de cada um este gosto por tudo quanto diz respeito a barcos, grandes ou pequenos. Há décadas, como bem retenho na memória, a saída dos navios para a pesca do bacalhau, nos mares da Terra Nova e da Gronelândia, chamava à boca da barra muita gente, talvez em jeito de quem se despede dos que vão, sem se saber se há regresso. E meses depois, anunciada a chegada dos navios pela onda curta da rádio, e confirmada pelas empresas proprietárias, não faltava quem acorresse à barra, agora para saudar quem regressava. Amanhã, pelas 13 horas, lá estarei para desejar boa viagem aos Veleiros que nos visitaram este fim de semana.

Fernando Martins




sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Diocese de Aveiro aposta na Cultura







Os 75 anos da restauração da diocese de Aveiro, que se assinalam em 2013, vão ser marcados por diversas atividades culturais, como uma exposição, debates, concertos, uma encenação, um ciclo de cinema e um congresso.

De 20 de janeiro a 7 de abril de 2013 realiza-se a exposição “Diocese de Aveiro – Presente e Memória”, que vai envolver artistas plásticos e poetas, refere o programa enviado ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

A iniciativa, que tem lugar no Museu de Aveiro, vai apresentar a história da diocese, peças de arte sacra e o espaço “Diocese em números”.

A organização pretende convidar alguns artistas a participar através da criação de uma obra inspirada no tema “O transcendente presente”. As peças vão ser expostas numa secção temporária.

«Com esta manifestação cultural vamos mostrar uma Igreja viva e ativa com objetivos claros e criativos, assumindo as bem-aventuranças como caminho e transformação de vida, e manifestando a alegria de ser cristão», sublinha o texto de enquadramento da exposição.

«Acreditamos que é através da cultura que as pessoas evoluem, criam conhecimentos, desenvolvem sensibilidades e afetos, alargam horizontes e assim criam bases mais fortes que lhes permitirão sair deste desânimo que o momento de crise atual provoca, com uma nova atitude de esperança», realça a nota.

Para 1 de fevereiro está marcada uma sessão de poesia e música nos claustros do museu, que ocupou o Convento de Jesus, e no primeiro dia de março realiza-se um encontro com a presença de artistas, que falarão do seu processo criativo.

O caderno de encargos prevê uma visita guiada no dia de inauguração e a elaboração de um guia para oferecer aos visitantes.

A organização da “Missão Jubilar” da diocese explica que a «agenda cultural e festiva» não pretende «ser só espetáculo», mas também ouvir o que a sociedade espera da Igreja.

«As sessões/debate, os concertos, a encenação e o congresso acontecerão nos diversos arciprestados da diocese, permitindo que todos tenham algum destes momentos no decurso da Missão», aponta o documento. «Estas ações não se fecham ao arciprestado que as recebe mas são sempre para toda a diocese», observa.

A primeira atividade decorre a 30 de novembro de 2012 com um debate sobre ação social, no arciprestado de Vagos, seguindo-se, a 29 de dezembro, o concerto de Natal no arciprestado de Murtosa.

“Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso” é o tema da sessão de 25 de janeiro, no arciprestado de Estarreja. No dia 16 de março sobe ao palco a encenação “A Paixão de Cristo” (Ílhavo) e a 6 de abril realiza-se o concerto de Páscoa (Albergaria-a-Velha).

A 26 de abril o arciprestado de Águeda recebe o debate “Economia e mundo operário” e a 18 de maio ouvir-se-á o “Concerto Vida” e um ciclo de cinema alusivo ao tema, ambos em Sever do Vouga.

O concerto comemorativo da publicação da bula “Omnium Ecclesiarum”, que restaurou a diocese de Aveiro, decorre na catedral a 24 de agosto, 75 anos depois de o documento ter sido assinado pelo papa Pio XI.

No dia 28 de setembro ouve-se o “Concerto de Outono” no arciprestado de Oliveira do Bairro e a 25 de outubro realiza-se o debate “Família, casamento e sexualidade” (Anadia).

O congresso diocesano está agendado para 9 e 10 de dezembro em Aveiro e no dia 11, último dia das comemorações, ocorre o concerto evocativo da execução da bula da restauração, 75 anos após a sua publicação.

A diocese, uma das únicas em Portugal com setor da Pastoral da Cultura formalmente instituído, quer que a Missão Jubilar, com abertura solene a 21 de outubro, chegue ao mundo cultural, associativo, político, económico, da saúde, educação, forças de segurança, prisões e outros».

A diocese de Aveiro foi criada pelo papa Clemente XIV a 12 de abril de 1774, a pedido do rei D. José I, tendo sido extinta por Leão XIII a 30 de setembro de 1881. Foi restaurada a 24 de agosto de 1938 e a sentença executória ocorreu em 11 de dezembro de 1938.



Rui Jorge Martins

Li no SNPC





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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Recordações de estudante






Os tempos da EICA (Escola Industrial e Comercial de Aveiro) de vez em quando vêm-me à memória, com professores, colegas e empregados todos à mistura. Histórias sem fim povoam o rol das minhas boas recordações de tempos que só deste modo voltam ao presente. Nesta foto há professores que me marcaram e outros que já nem consigo identificar. A idade, mais refinada com o decorrer dos anos, nem sempre é fiel e muito menos fácil. Contudo, admito que haja quem possa ajudar-me.


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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Grandes Veleiros no Porto de Aveiro



«No ano em que se comemoram os 75 anos do Museu Marítimo de Ílhavo, que se associa ao 75.º aniversário do Creoula, do Santa Maria Manuela e da Sagres, a Câmara Municipal de Ílhavo vai realizar, entre os dias 3 e 6 de agosto, o ÍLHAVO SEA FESTIVAL 2012, que integra um conjunto vasto de ações de índole cultural e desportiva e que conta com a presença de alguns dos mais belos Grandes Veleiros do Mundo.
Esta iniciativa, da responsabilidade da Câmara Municipal de Ílhavo, que conta com o apoio e a colaboração de diversas entidades, de entre as quais se destaca a APA – Administração do Porto de Aveiro, como Parceira Oficial, vai acolher no Terminal Norte do Porto de Aveiro, na Gafanha da Nazaré, Veleiros tão deslumbrantes como os nossos queridos Creoula, Santa Maria Manuela e Argus, bem como o Mir, o Alexander von Humboldt II, Dar Mlodziezy, o Johanna Lucretia, o Maybe, entre outros.




Ao participarem na “The Tall Ships Races 2012” da STI (Sail Traning International), escolheram este “Porto Amigo”, o Município de Ílhavo, como ponto de paragem entre Cádiz e La Coruña (Espanha), estando durante estes dias de portas abertas para receber todos os que os queiram visitar.»




Ver mais em CMI

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Quinta das Olaias, na Figueira da Foz



Passei há dias pela Quinta das Olaias, que nunca visitei. Pertence à Câmara da Figueira da Foz e, que eu saiba, é utilizada para eventos. Não estará, portanto, aberta ao público, para uma visita normal.
Não sei porquê, mas tenho um certo fascínio por residências que foram de personalidades famosas, em especial artistas. Daí que, de quando em vez, eu volte aos mesmos temas. É o caso.
Conta-se, por estas bandas, que o Conde de Monsaraz costumava receber o poeta, também famoso, João de Deus, o que escreveu a Cartilha Maternal, por onde muitos portugueses aprenderam as primeiras letras, sobretudo depois do livrinho ter sido adotado oficialmente para uso das escolas onde se aprendia a ler, escrever e contar. E refere-se então que o Conde de Monsaraz tinha por hábito fazer longas caminhadas, à volta desta quinta, com o "poeta das flores e das crianças", porventura conversando sobre poesia, política e ciências ocultas, nomeadamente, espiritismo. Não sei se é verdade ou não, mas alinho, nesta afirmação, com a sabedoria popular. Se me disserem que tal não passa da imaginação do povo, terei muito gosto em dar a mão à palmatória.

«António de Macedo Papança, foi o primeiro Conde de Monsaraz.
Natural de Reguengos de Monsaraz (18 de Julho de 1852 – completam-se amanhã 157 anos), faleceu em Lisboa a 17 de Julho de 1913.
Escritor e poeta, ficou ligado à Figueira da Foz pelo facto de ter contraído matrimónio nesta cidade com Amélia Augusta Fernandes Coelho Simões, filha do comerciante figueirense Joaquim António Simões, tendo residido na Quinta das Olaias, na Rua Fernandes Coelho, nesta cidade, que ficou conhecida exactamente por Quinta de Monsaraz, adquirida posteriormente pela Câmara Municipal da Figueira.»


Li aqui



Sobre a Quinta da Olaias, para ver o seu exterior e interior, clique aqui

terça-feira, 24 de julho de 2012

A Gafanha era um deserto de areias soltas





«[A Gafanha] Era um lençol desolador de areia branca, de dúzias de quilómetros quadrados, que os braços da laguna debruavam a norte, a leste e a poente, isolando do contacto da vida a solidão árida do deserto.
Lá dentro, longe das vistas, bailavam as dunas, ao capricho dos ventos, a dança infindável da mobilidade selvagem dos elementos em liberdade.
Brisas do mar e brisas da terra, ventos duráveis do norte em dias de estabilidade barométrica, e rajadas violentas de sudoeste a remoinharem no céu enfarruscado de noites tempestuosas, eram quem governava o perfil das areias movediças cavadas em sulcos e erguidas em dunas de ladeiras socalcadas a miudinho.
Era assim a Gafanha do tempo dos nossos bisavós: deserto enorme de areia solta, a bailar, ao capricho dos ventos, o cancan selvagem de uma liberdade sem limites.
Um dia, não longe ainda, um homem atravessou a fita isoladora da Ria e pôs pé na areia indomável. Não sabe a gente se o arrastava a coragem do aventureiro, se o desespero do foragido. De qualquer modo, ele fez no areal a sua cabana, à beira da água, e principiou a luta de gigantes do Gafanhão contra a areia.»

Joaquim Matias,
Arquivo do Distrito de Aveiro,
 vol IX,1943,  página 317

domingo, 22 de julho de 2012

Coleção do Museu de Ílhavo

«Viajar numa coleção de museu significa entrever as relações do museu com a comunidade e invocar o jogo de espelhos que os museus sempre estabelecem consigo próprios. A memória das coleções do Museu Marítimo de Ílhavo não foge à regra, antes a confirma de forma superlativa.

Dos vários “museus” que o MMI já foi ou procurou ser, são testemunho as inúmeras peças que compõem as suas coleções, objetos portadores de uma história injuntiva, na medida em que não falam apenas por si, mas exprimem representações culturais mais vastas e significantes.»

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Pacheco Pereira disserta sobre Relvas



"Todo o Parecer é assim, vago e genérico, abstracto e pouco rigoroso, justificando tudo e nada. Podia ser resumido a duas ou três linhas: Relvas é um dos dirigentes em ascensão no PSD, é mação da nossa "obediência", detém um poder considerável em todos os mecanismos-chave da partidocracia, nomeações, facilitações, intermediação, influência, etc., o PSD é um partido do poder portanto é bom para a Lusófona, que é uma universidade privada, "estar de bem com o poder político", ter boas relações com este tipo de pessoas. Ponto. Bastava e era muito mais verdadeiro."

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quarta-feira, 18 de julho de 2012

A metafísica da experiência em Leonardo Coimbra

A presente obra corresponde ao texto das primeiras três partes da tese de doutoramento em Filosofia Portuguesa apresentada à Universidade Católica Portuguesa.
Procura evidenciar a teoria metafísica da Experiência de Leonardo Coimbra como forma filosófica de configurar o movimento saudoso da ação criadora, em que o regresso à Origem não significa a abstrata diluição dos seres no Absolutus (monismo panteísta), mas constitui a realidade concreta e social da relação fraterna das criaturas com o Criador (pluralismo teísta).
Através da correlação entre a razão e a experiência, no progresso dialético da memória consciente, que tem na Razão mistérica o seu corolário, apresentaremos a solução criacionista para a ancestral questão metafísica acerca da relação entre a Unidade essencial da Origem e a pluralidade existencial das criaturas. A Razão mistérica introduz-nos na visão ginástica do Mistério da Origem, que afirma os seres na dependência do Ser infinito e assegura a Presença da eternidade da Graça no tempo da condição existencial, cujo Fim é a vitória sobre o mal e sobre a morte, na dinâmica incomensurável da redenção integral.  

 
Autor: Samuel Dimas
Páginas: 522
Preço: 39,90 €
Editora: Universidade Católica Editora

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Meninas na Praia da Barra

Foto de meninas na Praia da Barra em 1958. Não imagino a estação do ano. Talvez nos  princípios  do Verão. Estariam  de passagem? Sei que er...