quinta-feira, 14 de abril de 2016

Carlos Sarabando: O homem não pode ser uma ilha na sociedade

Carlos Sarabando Bola
Carlos Sarabando Bola, 76 anos, casado com Maria Madalena Gonçalves Anastácio, a sua Lena, dois filhos e netos, foi agraciado pela Câmara Municipal de Ílhavo no Dia do Município, segunda-feira da Páscoa, com uma condecoração honorífica — Medalha do Concelho em Vermeil —, por se dedicar «desde muito novo ao voluntariado, dando o melhor de si na construção de um Município sólido e próspero, através da sua participação ativa em várias associações culturais, sociais, desportivas e religiosas, em que foi dirigente, sempre com o espírito de serviço à comunidade e inquestionável amor à causa», como reza a nota lida na cerimónia camarária.
«O mérito que me foi atribuído pela CMI não é só meu porque devo muito à minha mulher, a Lena, que me acompanha na vida com o seu apoio; quantas vezes, quando eu estava desanimado e com vontade de sair de tantas ocupações, era ela que me estimulava a continuar, dando-me uma força especial para eu prosseguir», garante-nos o Carlos Sarabando.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Recordando: II Congresso da CNIS


No Gabinete de Imprensa


Há muitos portugueses que se entregam,
com entusiasmo,
ao serviço dos feridos da vida


Tive o privilégio de participar, como convidado, no II Congresso da CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Nacional), que se realizou em Fátima no último fim de semana de janeiro de 2006. E digo que foi um privilégio porque tive o grato prazer de reencontrar centenas de dirigentes e funcionários das IPSS, que há muitos anos se dão, com total entrega, à causa da solidariedade social no nosso País.
Quando se prega que a nossa sociedade é egoísta, onde cada um procura resolver os seus problemas, muitas vezes pisando quem encontra pela frente, é justo sublinhar o trabalho e o esforço de tantos dirigentes que vivem, no dia-a-dia, o voluntariado, sempre em favor dos feridos da vida.
Foram essas pessoas, de todas as idades, que, durante dois dias, equacionaram obstáculos e formas de os ultrapassar, que trocaram experiências no sentido do enriquecimento mútuo, que encontraram outras e bem diversas realidades, que se indignaram com a lentidão com que os problemas da solidariedade social são resolvidos, com o abandono a que são votadas instituições, por parte de departamentos estatais.
Foi gratificante sentir e ficar a saber que as IPSS portuguesas representam uma “expressão única na Europa”, obviamente pela positiva, que houve gente que saiu do congresso com vontade de fazer mais e melhor na luta contra pobreza, contra a marginalidade, contra as dependências e contra a solidão de tantos.
Foi muito bonito ver gente jovem a dialogar com os mais velhos, uns e outros aprendendo e ensinando, numa perspetiva de criarem, nas suas instituições, alternativas a processos talvez obsoletos, ou de responderem a novos desafios que a sociedade e as pessoas vão sentindo, não raro envergonhadamente.
Por tudo isso, valeu a pena ter estado dois dias com tanta gente generosa e de sorriso franco, e com muito optimismo em relação ao futuro.

Fernando Martins


Janeiro | último fim de semana | 2006

quarta-feira, 16 de março de 2016

Rosa Elvira: Nem à mesa se fala por causa da televisão

 Uma servidora da igreja de São Pedro há 25 anos

Rosa Elvira Teixeira
Rosa Elvira Teixeira, 87 anos, está ao serviço da Igreja de São Pedro da Cale da Vila, Gafanha da Nazaré, há 25 anos. Tem a responsabilidade de abrir a igreja antes das cerimónias, de cuidar com outras pessoas da limpeza e asseio do templo e de preparar tudo para a celebração da Eucaristia. E depois de os serviços litúrgicos terminarem não regressa a casa, mesmo ao lado da igreja, sem antes verificar se fica tudo em ordem. Recebeu este mandato, como faz questão de explicar, de seu pai, José Fernandes Casqueira, mais conhecido por José Parrachoche, primeiro sacristão da igreja de São Pedro. 
Garante, para que não haja dúvidas, que tudo faz de graça, pelo «carinho especial que tem pela capela [é assim que se refere à igreja] de São Pedro», mas ainda por querer cumprir o pedido de seu pai, na altura adoentado. Faleceu aos 95 anos, tendo sido o mais velho trabalhador durante a construção do novo templo, sendo pessoa muito respeitada na Gafanha da Nazaré.

terça-feira, 15 de março de 2016

Nossa Senhora dos Navegantes

Foto do meu arquivo

«A festa de Nossa Senhora dos Navegantes tem como maior atracção a procissão náutica pela Ria de Aveiro, num itinerário com início no Cais dos Bacalhoeiros e termo no Forte da Barra, contornando todo o porto de pesca longínqua («bacalhoeiro»), terminal industrial e o novo porto comercial.
Realiza-se no terceiro domingo de Setembro.»

Gafanha da Nazaré, Ílhavo, Aveiro

Ver Comunidade Portuária de Aveiro

domingo, 13 de março de 2016

Almoços para estimular o sentido de partilha

No Centro de Recursos Mãe do Redentor 

Voluntários - Cozinha
No passado domingo, 28 de fevereiro, realizou-se mais um almoço comunitário, no Centro de Recursos Mãe do Redentor. Salão cheio para 170 refeições, a 15 euros por pessoa, cujo lucro económico reverterá para as múltiplas despesas de uma comunidade católica ativa como a da Gafanha da Nazaré. Dizemos económica porque há outras vertentes tão ou mais importantes do que o dinheiro. Referimo-nos, concretamente, como bem salientou o Padre César Fernandes, ao espírito de partilha e de unidade, envolvendo pessoas de todos os lugares da paróquia. Mas ainda há uma mesa, de há dois anos para cá, de paroquianos da Encarnação, os quais se mostram gratos desta forma pela maneira como o povo da Nazaré colaborou em iniciativas do género daquela paróquia, em prol da igreja da Senhora da Encarnação.

Aspeto do salão
Entrámos na cozinha perto das 13 horas. Ia iniciar-se a refeição e a azáfama era enorme naquele espaço fulcral, porque o desejo de quem ali trabalha tem sido o de servir muito bem, porque é fundamental estimular o gosto de estar presente nestes almoços.
Custódia Lopes, que colabora nesta tarefa há bons anos, disse que os trabalhos começam na sexta-feira anterior, com a preparação do salão, e no sábado a cozinha entra em ação com os cozinhados e outros preparativos. 
Para este almoço, a azáfama começou no sábado. O chefe da equipa, Manuel Sardo, fez a aquisição dos ingredientes necessários, e toda a gente entrou em funções, sem margem para erros. A sopa de legumes fica por conta do chefe, «que não deixa ninguém pôr lá as mãos», garante a Custódia. 
O “bacalhau à chefe”, que é passado por farinha e ovo, com uma pequena fritura, vai depois ao forno, a que se acrescenta uma cebolada. É acompanhado com batata cozida. Afirma a Custódia que as sobremesas tinham salada de frutas e doces oferecidos por alguns participantes. Vinhos e sumos são da conta da organização.

Serviço das mesas
Operam na cozinha seis pessoas e cinco no serviço das mesas. 
À volta dos tachos estava a Maria José, que alinha nesta cooperação desde que Manuel Sardo assumiu os almoços comunitários. E garante, com sorriso aberto, que na cozinha a sua especialidade «é fazer o que for preciso». Aliás, o sorriso era apanágio de toda a equipa. 
A Maria José faz isto com gosto, tal como o seu marido e os demais que por ali se movimentam apressados, mas com ordem. Falou sem suspender o que estava a fazer.
Carlos Sardo dirige o serviço das mesas, sublinhando que a missão de todos é oferecer «o melhor possível para que todos se sintam bem e com vontade de voltar». «Há o cuidado de cozinhar com qualidade e de apresentar os pratos com gosto», frisou. E acrescenta que cada servidor das mesas atende 30 a 40 pessoas. 
Sobre a animação, que porventura possa haver, Carlos Sardo adianta que só existe quando há alguém disponível para tocar e cantar.
Luís Conceição, que participa na qualidade de membro do agrupamento dos escuteiros, diz que vem ajudar para bem da comunidade, «sempre que necessário», reconhecendo que «o convívio aproxima as pessoas e desenvolve o sentido de partilha». Lembrou ainda que, como escuteiro, está «Sempre Alerta para servir». E refere que gosta desta organização, salientando: «Em equipa que serve bem não se mexe, mas pode ser reforçada.»

Fernando Martins

Nota: Texto publicado no Timoneiro; Fotos de Custódia Lopes

terça-feira, 1 de março de 2016

Unção dos doentes e idosos na igreja matriz

É difícil aliviar o sofrimento dos doentes, 
mas não é impossível minimizar as suas dores

Doentes e idosos 


Padre César
Padre Sarrico 

«É nossa missão neste mundo dar frutos de bondade, de misericórdia, de ternura, de amor, de acompanhamento do outro e de porto de abrigo para aqueles que estão em situações mais débeis», afirmou o nosso prior, Padre César Fernandes, na homilia da Eucaristia dedicada aos doentes e idosos da nossa paróquia, celebrada no domingo, 28 de fevereiro, pelas 11h15, na igreja matriz. Com o nosso prior, concelebrou o Padre João Sarrico. Foi uma Eucaristia especial, porque nela foi ministrado o sacramento da Unção dos Doentes. 
Alguns idosos e doentes mais debilitados foram ajudados na deslocação à nossa igreja pelos seus familiares. Utentes do Lar Nossa Senhora da Nazaré também participaram, por expressa vontade dos mesmos, contando com a ajuda de dirigentes e funcionários, que neste dia, fora das horas de serviço, levaram à prática o seu espírito de voluntariado.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Filarmónica Gafanhense com novos corpos sociais

Projetos em parceria com escolas da região 
na agenda da nova direção

Novo presidente profere discurso de tomada de posse
No dia 20 de fevereiro deste ano, reuniram-se os membros dos Corpos Sociais da Filarmónica Gafanhense, eleitos no passado dia 13 de fevereiro, a fim de formalizarem a tomada de posse para o biénio 2016/2017. 
Na sua intervenção, o novo presidente da direção, Paulo Miranda, agradeceu o voto de confiança que lhe foi dado e salientou que conta com o apoio de toda a comunidade para engrandecer esta instituição com 180 anos de vida. Disse que «é tempo de mostrar mais uma vez que desafios existem sempre e que estaremos aqui para dar o corpo ao manifesto para engrandecer esta nobre associação», enquanto referiu que também «é tempo de mostrar às gerações anteriores que não passaram dificuldades em vão» e que temos de «mostrar que estamos vivos e diligentes». 
Garantiu que «o nosso futuro a nós pertence», prometendo «manter e melhorar as relações com as entidades aqui presentes e com as demais».

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Bolos doces com ingrediente secreto

Venda habitual aos missas
dos fins de semana 
nas igrejas da Gafanha da Nazaré


Manuel Sardo, Mariana Sardo e Milu


No domingo, 7 de fevereiro, na missa das 11h15, deparámos com pessoas amigas a vender bolos doces à porta da igreja matriz. Passámos por elas inúmeras vezes, mas pouco sabíamos das suas intenções e trabalhos. Desta vez, para matar a curiosidade, fomos ouvi-los. 
Manuel Sardo, sua esposa Mariana e Maria de Lurdes Sardo (Milu) lá estavam à porta da igreja a fazer o seu negócio, com a convicção de que haveria venda garantida. 
Manuel Sardo informa que o lucro da venda dos bolos se destina «às muitas despesas da nossa paróquia, com três templos para cuidar», para além dos múltiplos gastos com as diversas e constantes atividades.
A venda é feita nas missas dos fins de semana, tanto na matriz como nas igrejas da Chave e Cale da Vila, em alternância com os escuteiros, que também precisam de angarias fundos para as ações que desenvolvem e para a nova sede que vai ser construída.
A equipa dos bolos doces é constituída pelas pessoas já referidas e ainda pela Custódia Lopes e Pedro Fidalgo, o nosso dinâmico sacristão. É dele o forno para cozer os bolos e o trabalho de preparar a massa.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Convívio de Natal da Obra da Providência

A Obra nasceu de corações 
que sabem o que é o amor

Fernando Caçoilo, D. António Moiteiro e Eduardo Arvins
«Obra da Providência significa Obra de Deus», sendo importante sublinhar que «as obras não existem sem os que nelas trabalham, dando o seu melhor dentro do carisma da mesma obra», referiu D. António Moiteiro, no jantar de convívio promovido pela direção da instituição, em espírito natalício, no dia 20 de janeiro. 
O palco deste jantar foi um restaurante da nossa terra e contou com a participação do nosso bispo, do pároco da Gafanha da Nazaré, Padre César Fernandes, dos presidentes da Câmara e da Junta, respetivamente, Fernando Caçoilo e Carlos Rocha. Naturalmente, presentes ainda dirigentes e ex-dirigentes, trabalhadores e respetivos cônjuges, amigos e colaboradores da instituição, uns mais recentes e outros de longa data.
O Bispo de Aveiro lembrou o Ano da Misericórdia em curso, sob proposta e desafio do Papa Francisco, frisando que todos «somos chamados à prática das Obras de Misericórdia». Disse que «os santos não são aqueles que fazem milagres, nem aqueles que fazem grandes obras, mas os que fazem outros santos à sua volta». «Nós não entenderemos as Obras se não entendermos as pessoas, e as pessoas só se entendem com os seus sentimentos», frisou. 
O prelado aveirense referiu que nós precisamos de conhecer as instituições, salientando que «a Obra da Providência nasceu de corações que sabem o que é o amor». E sobre a comunidade eclesial e seus projetos, adiantou que «a nível da Igreja não há patrões, mas servidores». 
Informou que esta instituição nasceu para fazer o bem na sua paróquia e somente depois é que procurou a Diocese, que lhe deu “Missão Canónica”, isto é, que tem por fundamento essencial «viver o Evangelho». 
Por sua vez, Fernando Caçoilo, autarca ilhavense, afirmou que nos cabe, «no mundo globalizado, contribuir para uma sociedade melhor, dentro das nossas possibilidades», sendo «mais solidários». E disse que «uma instituição como a Obra da Providência merece que estejamos sempre a seu lado, tanto a Câmara como a Junta de Freguesia». 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Efeméride Gafanhoa

14 de Janeiro de 1912


Bênção da nova igreja matriz 
da Gafanha da Nazaré

Conforme lembra o Padre Resende, em artigo publicado no jornal “O Ilhavense”, em 1958, a nova matriz da Gafanha da Nazaré foi inaugurada em 14 de janeiro de 1912, «a cuja bênção» assistiu. Refere que é uma igreja «cheia de luz e digna do seu fim», tendo sido o resultado da «febre e gosto da autonomia». Porém, Nogueira Gonçalves informa, no seu “Inventário Artístico de Portugal”, que o novo templo foi inaugurada em 1918. 
Sabendo-se que a pedra de ara foi transferida da primeira matriz para a igreja em construção, é certo que a missa deixou de ser celebrada na Chave. Mas como o Padre Resende diz que assistiu à bênção naquela data, não podemos duvidar. As obras continuaram e é de supor que mais tarde tenha havido qualquer cerimónia tida como festa de inauguração.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Uma referência ao meu blogue Pela Positiva

Publicado no Correio do Vouga 
em 3 de abril de 2006



Blog do anterior director do Correio do Vouga “O meu propósito, neste espaço, situa-se na linha dos que apostam, no dia-a-dia, num mundo muito melhor” afirma Fernando Martins
Os blogues foram das melhores coisas que aconteceram à e na Internet. Muito mais interessantes que a maioria dos sites (ou sítios), muito mais fáceis de actualizar, muito mais virados para o interesse dos leitores e dos autores, muito mais actuais, criativos e úteis.
O Correio do Vouga começa hoje a divulgar alguns, e nada melhor para começar do que o blog Pela Positiva, de Fernando Martins, o anterior director deste jornal.
Mas antes, para quem não é iniciado nestas lides, convém informar que um blog é uma espécie de diário na Internet, que todos os dias (ou quase) o autor utiliza, pois o modo como se constrói e mantém o blog é atraente e fácil. Há blogues políticos, culturais, religiosos ou amorosos, individuais ou colectivos, de palavras e de imagens, mais ou menos artísticos, introspectivos ou interventivos, fechados ou abertos (quando o leitor pode comentar), etc.
A origem do nome blog reside nas palavras inglesas web log (que poderíamos traduzir como “notas na teia”, isto é, na Internet), embora alguns prefiram dizer que vem de we blog (nós “blogamos”).

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Modelismo Náutico no Centro Cultural

João Loureiro e Paulo Agra

"Se nos abrissem o peito, 
encontrariam lá dentro 
um barquinho à vela"

D. João Evangelista

Diz D. João Evangelista de Lima Vidal, primeiro bispo da restaurada Diocese de Aveiro, de forma poética mas cheia de verdade, que «somos feitos, dos pés à cabeça, de Ria, de barcos, de remos, de redes, de velas, de montinhos de sal e areia, até de naufrágios. Se nos abrissem o peito, encontrariam lá dentro um barquinho à vela, ou então uma boia ou uma fateixa, ou então a Senhora dos Navegantes». É por isso que nós, os da beira ria, gostamos tanto de barcos e barquinhos, da ria serena e das ondas do nosso mar, que nos embalam desde que nascemos. Também por isso, não perdemos exposições relacionadas com temas lagunares e marítimos. 
No Centro Cultural da Gafanha da Nazaré está patente, até 31 de dezembro, uma exposição com modelos de navios e outras embarcações, organizada pela associação TEAM (Truques & Engenhocas Associação de Modelismo), com sede na nossa cidade.
Logo à entrada, o visitante depara-se com o primeiro Prémio de Modelismo, atribuído por um júri, cujo vencedor foi João Loureiro, com o modelo Gazela Primeiro. E até ao fim da exposição, os visitantes terão oportunidade de votar no modelo da sua preferência, fundamentalmente para se saber se há empatia com a decisão do júri.

domingo, 15 de novembro de 2015

Grupo de Dança Pestinhas

23 anos ao serviço da dança, 
da cultura e da ocupação de tempos livres


O Grupo de Dança Pestinhas, da Gafanha da Nazaré, fundado há 23 anos, nasceu de um sonho de Helena Manuela, porque gostava de dançar e achava que faltava uma instituição desta natureza na nossa terra. Do sonho, saltou para a realidade com «oito miúdas, entre os cinco e os 18 anos, numa garagem, com música gravada em cassete». E a primeira atuação, diz-nos a fundadora e diretora, foi numa festa da catequese. Na altura, recorda, «o grupo apresentou uma dança aeróbica, com ritmo usual há 23 anos».

Helena Manuela desfia recordações com o entusiasmo de quem sente com alma esses tempos da fundação, frisando que «os aplausos da primeira participação foram tantos que nos estimularam a continuar». Até hoje, salienta.

Começou com meninas, mas de vez em quando têm surgido alguns meninos que, entretanto, desistem, porventura por não se sentirem tão à vontade. O grupo começa a evoluir e as atuações tornam-se mais frequentes, sobretudo nas festas populares da Gafanha da Nazaré e terras vizinhas, sendo notório o apoio das populações, com aplausos que «nos entusiasmam a continuar». 

sábado, 14 de novembro de 2015

Comunidade da Chave e o gosto de servir

Deolinda Costa Ramos, 
uma responsável pela Igreja da Chave


Deolinda Costa Ramos, casada com Carlos Alberto Ramos, duas filhas e uma neta, é uma dedicada colaboradora da Igreja na Gafanha da Nazaré, mais concretamente na comunidade da Chave, assumindo tarefas com responsabilidade. 
Veio em menina para a nossa terra depois de concluir a 4.ª classe em Antime, Fafe, e quando chegou entrou no mundo laboral, numa época em que não se contestava o trabalho infantil. Radicada na Chave, ali sempre a conhecemos como pessoa disponível e atenta à vida da Igreja e suas necessidades, nunca virando a cara às tarefas que importa fazer, sempre com um sorriso no rosto.
Deolinda não aceita protagonismos, lembrando constantemente, durante a conversa que mantivemos com ela, que faz parte de um grupo em que a entreajuda é a mola-real da comunidade católica.
Sublinha que há três grupos com a tarefa de cuidar da limpeza, asseio e ornamentação do templo, sendo ela apenas a responsável por um deles. Mas na preparação para a Eucaristia, todos os sábados às 17 horas, a Deolinda escolhe os cânticos adequados aos tempos litúrgicos, dirigindo o pequeno grupo coral com o Manuel Serafim ao órgão. E disse que antes da missa há a reza do terço, pelo que tem de abrir a porta da igreja às 16 horas.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Forte Novo ou Castelo da Gafanha

 Um pouco de história

Forte Novo

Temos da convir que um qualquer motivo de interesse turístico ganha ou perde conforme o concelho a que pertence ou não pertence. Assim acontece com o Forte da Barra de Aveiro, localizado na ilha da Mó do Meio, Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo, considerado imóvel de interesse público pelo Decreto - Lei n.º 735/74 de 21 de Dezembro, e muito esquecido dos roteiros postos à disposição de quantos visitam esta encantadora região. Integrado num outro enquadramento turístico, talvez fosse mais lembrado pelos que têm responsabilidades no sector. É certo que o estado de algum abandono a que foi votado muito tem contribuído para que dali se desviem os mais sensíveis a tudo quanto de algum modo faça recordar o nosso passado, muito embora se reconheça que o Forte da Barra não terá sido grande baluarte de defesa da foz do Vouga e desta zona ribeirinha.

Meninas na Praia da Barra

Foto de meninas na Praia da Barra em 1958. Não imagino a estação do ano. Talvez nos  princípios  do Verão. Estariam  de passagem? Sei que er...